domingo, 31 de março de 2019

Este é o 5º e último Yama, Aparigraha

Este é o 5º e último Yama, Aparigraha ajuda-nos a reconhecer aquilo que somos e para que propósito existimos: perceção de que as memórias, os relacionamentos ou os bens materiais (objectos do nosso apego) não vêm connosco de vidas anteriores nem vão connosco para vidas futuras. Por isso, libertar dos apegos permite-nos perceber a verdadeira natureza da nossa existência, constatando que não há lugar para o apego no ciclo de renascimentos. Por outro lado, o abandono progressivo da possessividade cria espaço para o aprofundamento do conhecimento do ser – os objetos de posse ”roubam-nos” energia e tempo.
Este Yama ajuda-nos também a reflectir acerca de como devemos evitar obter benefícios sem trabalhar por eles ou aceitar presentes como favores, já que tal indica pobreza de espírito. No outro extremo, a prática de Aparigraha pode conduzir à auto-repressão, como fundamento para a ascese, ou a uma atitude de apego relativo ao desejo de desapego!
“O homem mais rico é aquele que é pobre em desejos”.

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