O terceiro Anga do Yoga de Patanjali é Asteya que significa “não-roubar”. Mas esta orientação ético-moral refere-se a muito mais do que não tomar fisicamente algo de outra pessoa. Além do acto físico, a não-apropriação também se refere ao desejo, à ganância da humanidade e ao anseio por necessidades artificiais, características da mente egóica.
Asteya pretende trazer à consciência a necessidade de eliminar a cobiça, a inveja, o desejo de posse, o egoísmo e o apego. Pôr em prática Asteya implica saber extrair contentamento em relação aos acontecimentos da vida, saber desprender-se da necessidade ilusória de ter e sentir que já temos o suficiente e já somos suficientes. Invocar esta ideia, de que temos o suficiente e somos o suficiente, é a chave para querer e desejar menos e, consequentemente, sentirmos-nos muito mais inteiros e felizes.
Quando começamos a libertar o que não precisamos, abrimos espaço para o Universo nos fornecer o que realmente precisamos - seja uma posse física, uma experiência ou simplesmente uma sensação de bem-estar. A verdade é que partir do momento em que deixamos de querer algo, ele acaba por acontecer!
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